
A prática de skiplagging adotada para conseguir passagens mais baratas não é ilegal, mas representa alguns riscos. Veja neste post a dor de cabeça que um jovem passageiro encarou ao utilizar desse truque.
O que é skiplagging
O skiplagging é uma estratégia de economia na compra de passagens. Como funciona? Quando se verifica que comprar uma passagem para o destino pretendido sai mais caro do que comprar para um destino final que não é desejado, mas com uma conexão para o lugar que de fato se quer desembarcar, o viajante opta pela segunda opção e não realiza por completo os voos do seu itinerário.
Neste POST, abordamos tema. Não deixe de ler!
O caso
O adolescente Logan Parson estava visitando Gainesville, Flórida, com seu pai, e planejava voltar sozinho. Na viagem de volta, seu pai reservou para ele um voo que começava em Gainesville, mas terminava em Nova York, que não era o destino final de Logan.
Logan planejou sair do avião durante sua escala em Charlotte – sua cidade natal – e simplesmente abrir mão da etapa final de sua jornada, empregando o skiplagging, também conhecido como emissão de bilhetes em cidades escondidas.
A lógica do skiplagging
Normalmente, os voos diretos para um destino são mais caros do que um voo com conexão. Por exemplo, talvez um voo direto para Salvador custe R$1.000,00, mas um voo para Fortaleza – com conexão de várias horas em Salvador – custe apenas R$700,00. Para um viajante que espera chegar a Salvador, faz mais sentido comprar a passagem para Fortaleza e simplesmente sair do avião em Salvador, em vez de comprar uma passagem direta para a cidade.
Foi isso que Hunter Parsons, o pai de Logan, pensou quando reservou uma passagem para o filho para Nova York.
O pai de Logan o deixou no aeroporto da Flórida, mas um agente do portão notou que as carteiras de identidade do adolescente foram emitidas em Gainsville – a mesma cidade onde seu voo estava programado para fazer escala. A condição chamou a atenção de um agente que o denunciou aos funcionários do aeroporto, que detiveram e interrogaram o adolescente que confessou os seus planos.
Depois que a American Airlines soube o que o adolescente estava planejando, os funcionários ligaram para seus pais e os forçaram a comprar um novo voo direto de Gainsville para Charlotte.
A American Airlines se posicionou a respeito da situação da seguinte forma:
“Comprar uma passagem sem a intenção de voar todos os voos para obter tarifas mais baixas (bilhete de cidade oculta) é uma violação dos termos e condições da American Airlines e está descrito em nossas Condições de Transporte on-line. Nossa equipe de Relacionamento com o Cliente está em contato com o cliente para saber mais sobre sua experiência”.
Por que as cias não gostam do skiplagging?
Skiplagging reduz os lucros da indústria aérea, portanto, as companhias aéreas não gostam da ação.
A United Airlines chegou a processar um site dedicado a ajudar os viajantes a encontrar melhores ofertas de skiplagging, mas acabou perdendo.
A Lufthansa processou um passageiro que praticou skiplagging, alegando que o cliente deveria ter pago £ 2.769, mas em vez disso comprou uma passagem de £ 600 e desembarcou mais cedo. Um tribunal alemão acabou decidindo a favor do viajante.
Skiplagging é ilegal?
O skiplagging não é proibido pela lei, mas conflita com as regras da maioria das companhias aéreas que se veem prejudicadas com a prática e podem adotar algumas medidas em face do viajante que realiza o hack. Essas punições podem incluir a perda de milhas ou – como aconteceu com os Parsons – cobranças adicionais de passagens, dentre outras penalidades.
O que achou da medida adotada pela American Airlines? Muito severa? Você estaria disposto a correr os riscos do skiplagging?
Fonte: The Independent
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