A Voepass está definitivamente impedida de voltar a voar. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que estava investigando a companhia aérea e seus processos de inspeção e manutenção, decidiu cassar o certificado de operação e aplicar sanções em dinheiro à empresa.

Entenda mais sobre o caso e decisão da Anac abaixo.

Cassação do certificado de operação

Em março desse ano, a Anac suspendeu as operações da Voepass e passou a acompanhar e monitorar minuciosamente o trabalho da companhia aérea.

O motivo da suspensão inicial foi a reincidência de irregularidades encontradas pela Agência nos processos que envolviam o gerenciamento da empresa. A Voepass precisava atender um plano de ações corretivas que foi implementado desde o ano passado, mas não estava cumprindo com as medidas solicitadas pelas autoridades da aviação civil.

Desde então, a companhia passou a ser investigada mais a fundo e a Anac identificou que processos de inspeção obrigatórios não estavam sendo cumprimos nas etapas de manutenção.

Essa recorrência que não foi corrigida pela empresa, mesmo após o plano de ações para regularizar o trabalho ter sido proposto, fez com que a Agência Nacional optasse definitivamente pela cassação do Certificado de Operador Aéreo (COA) que libera a empresa a operar seguindo a responsabilidade e compromisso dos padrões de segurança exigidos no país.

A companhia aérea não pode mais abrir recursos sobre a decisão e precisará pagar sanções pecuniárias que totalizam R$570.400.

Investigação da Voepass

O início da investigação sobre as operações da Voepass começaram após o acidente grave com uma aeronave da empresa em Vinhedo no dia 9 de agosto de 2024.

A queda do avião, que ainda está em processo de investigação, fez a Anac passar a monitorar o trabalho da companhia mais de perto. Nesse momento, foram identificadas falhas que levaram a empresa a receber um plano de ações corretivas em outubro do mesmo ano para solucionar os problemas.

Sem avançar nas exigências solicitadas, a Voepass foi suspensa de realizar viagens no início de 2025 e, agora, não tem mais o direito de voltar a operar, uma vez que a Anac identificou “falhas graves e persistentes no Sistema de Análise e Supervisão Continuada (SASC) da companhia” que podem gerar graves problemas na realização e voos.

Como instituição reguladora, a Anac não pode garantir que a companhia esteja trabalhando me forma confiável, e assim , retirou o certificado de operação da empresa.

Considerações

“O Certificado de Operador Aéreo (COA) representa a responsabilidade e o compromisso da empresa em seguir os padrões de segurança exigidos na aviação civil, conforme os requisitos de sua certificação. A cassação do COA, neste momento, é resultado do processo sancionador que foi conduzido após a suspensão cautelar, e reforça o compromisso da Agência com a proteção dos passageiros e com a integridade da aviação civil brasileira”, reforçou a Anac em nota sobre o caso.

Veja publicação completa da Anac aqui.