Quando é a hora de fazer intercambio?

Resolvi que era hora de partir.
Resolvi que ninguém mais iria decidir por mim.
Resolvi, enfim, resolver.

Resolvi que não haviam decisões mais importantes que minha felicidadeS. FelicidadeS sim, plural, afinal ninguém é feliz sozinho – ou é?

Durante uma viagem no último banco de uma van, escutei um francês que com muita dificuldade filosofava em inglês sobre a vida, com um leve semblante de satisfação. Quando perguntou-me com quem estava, nem esperou minha resposta e já soltou: “O engraçado mesmo, é que não importa com quem viajemos, pois a verdadeira viagem fazemos sempre sozinhos”.

Óbvio que tinha minhas obrigações e responsabilidades, porém nada valia mais do que eu mesmo. Aliás, nada vale mais que um sonho. N-A-D-A. Vejo pessoas distantes, mesmo perto. Pessoas distantes de seus sonhos, de suas ideias. Gente alimentando-se de falsas metas, a situação ilusória de uma carreira tão distante, ou a felicidade materializada no carro do ano. Pois é, a prisão meramente financeira. Poucas as pessoas conseguem entender que a real viagem da vida é contínua, é sozinha e é agora.

Resolvi que não iria medir esforços, fosse em palavras ou força bruta. Aquela frase enchia-me de determinação e esperança. Uma esperança real, uma energia verdadeira. Quando você se entrega à uma viagem, você se entrega a si mesmo. Resolvi me entregar.

Troquei roupas por dias extras nas pequenas ruelas de Roma, baladas ordinárias por um pub na Irlanda, o carro do ano por uma semana a mais na Rússia e alguns eletrônicos por uma tarde em Machu Picchu.

Troquei a empregada pelas risadas atrás de uma secadora em uma lavanderia de Paris, o hotel pelo albergue e o comum pelo novo. Troquei cor velha por cor nova arroz com feijão por batata e repolho e o medo pela gratidão.

alone 8
Pronto. Não era possível parar. O francês tinha razão. A verdadeira viagem fazemos sozinhos, e quando descobrimos isso, não queremos parar mais. Troquei a vontade pela minha verdade, o talvez pelo cheguei. Pulei a fase do chefão e resolvi que não precisava me entregar a meus medos em todas as oportunidades. Pulei o Fim de Ano da Globo pra pular as 7 ondinhas em Dubai. Pulei ansiedades e medos, pulei um voo rápido por uma tarde longa de estrada com amigos e troquei uma garrafa de whisky por um cantil e uma montanha com uma vista sem preço.

Mas não parei aí. Afinal, aí foi quando descobri que uma viagem é a maior troca. Mas uma viagem, a gente não troca.

alone 10
Por Lucas Estevam

Lembrando que toda vez que você reserva seu hotel, contrata o seguro viagem, compra um chip de celular, alugar um carro, garante os tickets para passeios e compra suas passagens aéreas pelos links aqui do blog, você estará me ajudando que todo conteúdo desse blog continue sendo  gratuito e que eu possa continuar levando esse projeto a todos os viajantes!
Aproveita e se inscreve no meu canal do Youtube e no meu Instagram para ficar sabendo de mais dicas e novidades sobre viagens além de reviews de companhias aéreas.